quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O progresso do Brasil, o avanço social do brasileiro


Missão dada, Missão cumprida. A equipe de universitários que representou a LaSalle-RJ no Projeto Rondon 2010 está de volta. Duas semanas de viagem à região norte do Brasil e a consciência de que um sólido trabalho foi feito. Resta, então, muita lembrança e uma avaliação final bastante positiva para cada um dos rondonistas e, também, para o município de Colméia, no estado do Tocantins.

Muito bem dispostos desde a despedida das famílias no aeroporto carioca no fim de janeiro, a rápida escala em Brasília e a chegada sob uma leve neblina no aeroporto da capital tocantinense, os rondonistas não pouparam esforços ou carisma para o cumprimento das atividades previstas para o Projeto.

As condições em que nos encontrávamos não são desconhecidas. A leitura de alguns posts anteriores deste blog apresenta com detalhes como foi o deslocamento, e conta ainda com clareza como era nosso alojamento, o despertar pela manhã, as refeições diárias, o famigerado programa de rádio, o desenrolar das atividades, a recepção calorosa e a hospitalidade durante nossa temporada em Colméia.

Contudo, o sucesso da empreitada deve-se a um grupo de atores, que cooperaram e depositaram energia ao longo de todo o processo de preparação, condução e encerramento do Projeto Rondon 2010 – Operação Centro-Nordeste – Colméia (TO). Alguns deles são a próprio Ministério da Defesa, cuja tarefa gigantesca de logística e acomodação inicial dos rondonistas ocorreu da melhor maneira possível. O 22º Batalhão de Infantaria, que designou o sargento Rildon como anjo (guardião) da equipe LaSalle-UFPR, recebe aqui, mais uma vez, os sinceros agradecimentos pela atenção afetuosa e bons ofícios prestados.

A partir daí, é correto agradecer também às autoridades locais que tanto apoiaram e facilitaram a execução das nossas mais distintas oficinas realizadas naquele período. E, ainda, saudações aos que participaram destas oficinas, esperamos que as sementes plantadas cresçam e frutifiquem, assim, os senhores se tornarão os verdadeiros multiplicadores, a quem fazíamos referência continuamente enquanto estivemos em Colméia.

Acredito que o principal produto exportado pelos rondonistas nessa viagem foi a certeza de que a educação permanece como motor do progresso pessoal e, sobretudo, da nação brasileira. Sem educação e cultura, não há tecnologia, know-how, capital ou quaisquer outros recursos suficientes para assegurar o desenvolvimento do país.

Por sua vez, por meio do Projeto Rondon, os universitários importaram elementos importantes das regiões visitadas. Seja exemplo, a decência e o otimismo combinado com diligência que possui o tocantinense. Muitas das percepções equívocas sobre formas distintas de organização, como assentamentos, podem não ser compreendidas ou aceitas, porém o contato com assentados mostrou aos rondonistas o quão urgente são políticas públicas que tenham a propriedade de tornar mais equânimes a realidade dos brasileiros, tornando menos relevante a região do país em que habitem.

Os rondonistas da LaSalle, em companhia privilegiada dos universitários da UFPR (Universidade Federal do Paraná) foram brindados com uma oportunidade enriquecedora. E, como lembrados na cerimônia de encerramento do Projeto Rondon 2010, em Palmas, doravante carregarão consigo a responsabilidade de não destruir os próprios sonhos (e os de outros inúmeros brasileiros) na qualidade de futuros líderes deste país.

Para tanto, não devem se esquecer quanto valor há em um comportamento que não seja nocivo aos demais, opondo-se a exploradores e corruptos. Aqueles que viveram esta experiência não devem se esquecer tampouco dos valores democráticos, que longe de ser coisa perfeita, garantem direitos básicos a todo aquele que vive em sociedade. Outra lição aprendida no processo aponta que é dever de cada um minimizar a deficiência alheia, o que se faz, também, pela divulgação da informação e do conhecimento.

Por tudo isso, a verdadeira essência do Projeto Rondon não pode ser resumida em algumas palavras. O Projeto Rondon é tarefa gigantesca que permanece como algo vivo e inacabado. Ao se candidatar para um projeto de tamanha dimensão, o universitário deve estar consciente que trabalha pelo progresso do Brasil, no entanto, mais do que isso, ele se torna voluntário em prol do avanço social de outro brasileiro.

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